“Faz da lágrima sangue, que nos deixa de pé”
Sempre quis postar aqui, falar algumas coisas bem filosóficas, dizer algumas rimas, contar alguns detalhes, simplesmente comentar.
Quanto tempo temos de trupcando hein meus caros trupqueiros. Muito tempo Trupcando em Sonhos e ainda alguns de nós nem podem definir Trupcando em Palavras. As mudanças, conquistas, problemas, etapas, aprendizados, momentos, grandes amizades, novas amizades, uma família com seus altos e baixos, feios e bonitos, mas especialmente, raros.
Estes raros que crescem, amadurecem, mudam a cada dia. Que vem e se vão, que ficam, que acreditam. Raros que estão com aquela vontade eterna no peito, de viver esta essência e muito mais. Eu era um cara só de palavras, que escrevia coisas belas e quase nunca as realizava. Um cara que tinha uma vontade no peito de fazer algo diferente, pelos amigos, pelas pessoas da rua, por quem passava fome ou até por quem era excluído como eu fui muitas vezes. Um excluído das turmas legais, o cara feio que ninguém queria sair, um zuado pelas pessoas do dia a dia, uma vítima de bullying, que passava seus dias escrevendo, chorando sozinho e ás escondidas, por vários motivos de pressão em cima de mim. Quando comecei a ficar alheio a isso, perco meu irmão de sangue para terras distantes que não irei por agora. E por me tornar alheio a toda forma que pudesse me atingir, segurei a barra de todos no velório e enterro, me internaram acreditando que estava extremamente abalado psicologicamente e porque simplesmente nunca pararam para me ouvir.
“Tempo de dar colo, tempo de decolar”
Após perdemos partes importantes na construção da nossa personalidade, há hiatos e precipícios que parecem nunca ter fundo, ter fim. E no Trupcando em Sonhos, achei o lugar, que eu poderia falar besteiras, brincar, ser meio bobo, ser feio e chato, que as pessoas iriam rir com isso, iriam apostar que eu não fazia alguém sorrir se não fosse ainda mais maluco e livre de todas essas regras da sociedade e se eu deixasse cair as máscaras e usa-se aquele personagem de todo dia para o mundo, só para o mundo e entre nós e para os nossos queridos internos de qualquer lugar, seríamos nós mesmos. Ser eu mesmo é a melhor coisa que fiz, me aceitar imperfeito e saber ouvir o outro que caminha comigo e suas críticas, pois sei que ele também me ouvirá.
“Se lembrar de celebrar muito mais.”
Tenho tentado entender tantas mudanças nas pessoas, na vida, no dia a dia. Escolhas o que fazemos que pode nós levar ao fundo do poço sem mola ou nos fazer felizes como nunca havíamos pensado ser. As pessoas crescem e isso torna complicado a convivência, cada um quer uma independência na vida e acaba fazendo uma independência de amigos, de pessoas de convívio, importantes, que sempre estiveram lá. Comecei a aceitar as mudanças e pesar na balança todas as desconfianças, problemas, atitudes mal interpretadas.
O importante não é aceitar tudo, é compreender o porque acontece e tentar melhorar.
Tá! Parece texto de auto ajuda, parece que não tem chance nenhuma de mudar alguma coisa.
Se um que deseja mudar, acreditar, o mundo em torno dele começa a ver e também querer.
Esperar tudo de todos não levará a mudanças na personalidade de cada um. Nosso direito termina onde começa o do outro, nosso dever só termina se assim sentirmos que é para ser.
Eu sinto que meu dever é escrever.
Não terminaria sem escrever aqui nesse blog.
Que é um lugar pra lembrar o porque participamos, estamos, vivemos, pensamos, em Trupcando em Sonhos.
Não se esqueçam seus raros, desse nome, dessa essência, dessa parte da vida.
É a parte boa de nós, que deixaremos para o mundo.
Anybal – Palhaço Zabatuta ou Zébonete