De início nos perguntam: “o que vocês fazem aqui em pleno carnaval?”
Como não esperávamos a pergunta, paramos durante alguns segundos, e respondemos com um grande sorriso de satisfação: “Viemos nos divertir também!”
E assim começou o ato no Hospital de Base (DF), cheio de aprendizado, e que veio a acrescentar não só o nosso clown, mas também nosso interior pessoal. E apesar de ser a primeira vez em que atuamos com os trupqueiros de Brasília, a todo o momento nos completamos, bastava um simples olhar e tudo acontecia naturalmente.
O que de início era apenas um hospital, a partir do momento em que colocamos nossos “narizes”, virou um lugar cheio de histórias, brincadeiras e alegria. Estávamos diante os vários exemplos de vida, em que cada um a sua maneira nos acrescentou muito. E gostaríamos de citar alguns que marcaram nossa visita:
O Sr. Eu , como ele próprio se apresentou. De início não se mostrou muito receptivo, mas com dedicação e carinho, a trupqueira Tayze (Bsb) conseguiu com que ele nos contasse sua história de vida, seus amores e seus sonhos. E no final quando saíamos do quarto, Tayze, Lais e eu. Ele pronunciou as seguintes palavras: “Que Deus abençoe o trabalho de vocês, que não deixem de acreditar que pessoas boas existem, e que nunca me abandonem!”
Nessa hora foi impossível não se emocionar, e então nos retiramos.
Estávamos receosos em conhecer a Karen, por medo das histórias que circulavam no hospital, por conta de seu “mau humor”. E para nossa surpresa, ela nos recebeu muito bem, e apesar de suas debilitações, cantou 2 músicas com a gente: o rebolation e o canto do canário!
O Sr, Pedro, nascido na Aquidauana, além de simpático, nos divertiu com suas histórias. A trupqueira Érika (Bsb) soube “navegar” junto a ele. E quando entrei no quarto, quis me interar do que estava acontecendo e entrar no clima. Quando a Érika saiu do quarto, ele me perguntou se eu tinha medo de presidiário, sem respondê-lo, ele pediu para que visitássemos o presidiário que estava no quarto ao lado. Uma atitude livre de preconceito da parte dele, queria que fizéssemos o bem, sem o olhar a quem. E assim saímos em direção ao outro quarto.
Com autorização dos policiais, e até por pedido deles, entramos no quarto e preferimos resumir a experiência, com as próprias palavras do presidiário: “Eu prefiro tá aqui, do que na cadeia. E já tinha muito tempo que eu não ria tanto, igual hoje .”
E assim acabou nosso plantão, onde enfermeiras, guardas, pacientes, e palhaços se misturavam em uma coisa só!
Texto por: Joyce, Jully e Lais
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Gostaríamos de agradecer ao pessoal da Trup- DF, por nos receber com tanto carinho e energia (cosmo, rs), e pelas dicas que só nos acrescentarão daqui em diante. Desejamos que essa união entre as Trup’s cresça a cada dia. E que a troca de experiências seja constante!
Segue trecho do livro:
“Meu amor EU TE AMO
Mesmo meu coração se acabando…
Mas eu te amo.”
“Pintar o rosto, vestir a alma e transformar!” \o/
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A TruPcando em Sonhos DF, agradece imensamente a querida @liviamilhomem (escritório d’O Teatro Mágico) pela doação do kit de make’s Catherine Hill.